Maria Nanni

A Maria Nanni nasceu em 1920, numa pequena terra em Itália, entre Meldola e Santa Sofia. Quando era criança ficou doente com poliomielite e perdeu o movimento das pernas. Foi um momento muito difícil, mas ela nunca deixou que a doença definisse a sua vida.
Durante a adolescência teve tempos complicados, dúvidas, medo, tristeza, mas com o tempo, encontrou na fé uma força enorme. Descobriu que, mesmo sem poder andar, podia “caminhar” com o coração: escutar, apoiar, consolar e dar esperança a quem precisava.
Quando conheceu o padre Luigi Novarese, que mais tarde seria beatificado, percebeu qual era o seu caminho. Dedicou-se a ajudar outras pessoas doentes ou em sofrimento, mostrando que o valor de uma vida não está na saúde, mas no amor com que a vivemos.
A Maria era uma pessoa serena e alegre. Tinha um sorriso tão tranquilo que só de olhar nos dava paz. Ela própria dizia:
“Trabalho todo o dia e assim me distraio. Não obstante tudo sou feliz e não trocaria a minha condição por todo o ouro do mundo porque firmemente creio que a verdadeira riqueza é estar próxima do Senhor.”
E ainda dizia:
“A dor é um grande mestre; dela aprendem‑se tantas coisas e sobretudo percebe‑se que só Jesus é o verdadeiro e fiel amigo das nossas almas. Todo o resto é vaidade e mentira.”
Mesmo sem sair muito de casa, a Maria conseguiu tocar a vida de muita gente. Pelas suas palavras, pelas suas cartas e pela sua presença discreta, deixou um rasto de esperança que ainda hoje se sente.

O exemplo dela inspira-me e faz-me pensar: é possível confiar mais, aceitar as nossas limitações e encontrar nelas um caminho para amar.

Daniela Sá